As montadoras de caminhões e outros veículos comerciais têm lidado com a baixa
na demanda de vendas na Europa, China e Brasil. A crise econômica com continente
europeu fez com que os clientes industriais adiassem aquisições, de alto valor,
de caminhões pesados, a desaceleração também atingiu a China e a Índia.
Mesmo assim, ao apresentar pela primeira vez seus produtos na
feira IAA de Veículos Comerciais de Hannover, os fabricantes se revelaram
otimistas quanto às perspectivas de longo prazo. Eles vêm se empenhando em
reduzir custos, aumentar a eficiência do consumo de combustível, a produção
local e o compartilhamento de peças, enquanto aproveitam a solidez da demanda,
persistente em mercados como o da Rússia e se direcionam em previsões como a da
consultoria McKinsey, que acredita no aumento de € 125 bilhões para € 190
bilhões até 2020 no mercado mundial de caminhões pesados.
Como o mercado ainda está na fase de baixa nas vendas,
fabricantes já adotaram algumas medidas para lidar com a situação. A sueca
Scania, por exemplo, deverá reduzir a produção em aproximadamente 15% este ano;
A alemã MAN anunciou congelamento das contratações em julho, após seu lucro
operacional ter recuado 38% no primeiro semestre do ano. A divisão de caminhões
Iveco, da Fiat, pretende fechar cinco unidades de produção na França, Áustria e
Alemanha até o fim do ano. A medida afetará mais de mil funcionários.
Por seu lado, a comercialização de caminhões pela Daimler
cresceu 20% nos oito primeiros meses do ano, ajudada pela elevação de 27%
computada nos EUA, por uma alta de mais de 80% na Rússia e por um
desenvolvimento "estável" na Europa.
As vendas de caminhões da Volvo, a maior concorrente da
Daimler, caíram 3% no período de oito meses encerrado no fim de agosto,
comparativamente ao mesmo intervalo do ano passado; as vendas na Europa
ocidental recuaram 13%, enquanto as realizadas na América do Sul despencaram
25%. As vendas da Volvo na América do Norte subiram 23% durante esse período,
mas no segundo trimestre suas encomendas procedentes da América do Norte
sofreram queda de 47%.
Fonte: Do Valor Econômico/Financial Times
Nenhum comentário:
Postar um comentário