17 de outubro de 2012

Sinais de recuperação no mercado de caminhões

Apesar de ter fechado o mês de setembro com queda nos volumes de produção e vendas (levando-se em conta que o mês passado teve três dias úteis a menos que agosto), a indústria de caminhões começa a sentir sinais de recuperação. Se não será possível alcançar os números registrados em 2011, pelo menos o quarto trimestre promete forte aquecimento nos negócios.

Desde o início do segundo semestre, o ritmo dos negócios já vinha melhorando. A partir dos últimos dias de setembro, porém, ocorreu uma aceleração. Isto pode ser explicado pela publicação da portaria do BNDES regulamentando a nova linha de crédito PSI-Finame com juros de 2,5% ao ano (anunciada no final de agosto). Vale lembrar que a nova taxa de juros tem validade apenas até 31 de dezembro.

Segundo notícia publicada pelo jornal Diário do Grande ABC, a partir da publicação da portaria os pedidos de compra financiada se intensificaram. “A procura foi tão grande que concessionários desses veículos afirmam que faltam modelos e há fila de espera que pode chegar a 100 dias”, informa o jornal. Isso porque as fábricas tinham se ajustado para produzirem menos (férias coletivas, redução de jornada e suspensão temporária de contratos de trabalho), devido à fraca demanda até então.

De janeiro a agosto, a retração na fabricação de caminhões foi de 40% na comparação com o mesmo período de 2011, enquanto as vendas caíram 20% no mesmo período de comparação, segundo dados da Anfavea.

O Diário do Grande ABC ouviu alguns concessionários. Entre eles, Teodoro da Silva, diretor da Iveco Vetelli, prevê que, em outubro, as vendas de sua rede devem crescer mais de 50% frente aos números de setembro. "Se as montadoras não tivessem reduzido a produção, venderíamos mais”, disse.

Outro sinal de que o quarto trimestre deve ser bem melhor que está em matéria publicada pela Folha de S. Paulo. “O mercado já sente alguns sinais de recuperação. As vendas do setor devem reagir positivamente mediante os esforços em cortar impostos e oferecer empréstimos subsidiados pelo governo federal”, diz Roberto Leoncini, diretor da Scania do Brasil.

Ainda segundo a Folha, a Scania assinou acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC permitindo que os funcionários trabalhem dez sábados para compensar os dias parados (dois deles serão como hora extra e os demais, descontados do banco de horas). Além disso, segundo o Sindicato, a Scania negociou prazo menor de férias coletivas para este ano (16 dias em lugar de 26), acreditando já na melhora do mercado.

Fonte: Usinagem Brasil

Nenhum comentário: