24 de outubro de 2012

Portaria para etiquetagem de pneus sai este mês

Inmetro conclui revisão da regulamentação e aguarda publicação no Diário Oficial

O Inmetro concluiu a revisão da portaria que regulamentará a etiquetagem de pneus no Brasil e aguarda sanção presidencial para publicação no Diário Oficial da União, prevista para este mês. Como parte do Programa Brasileiro de Etiquetagem, atualmente com 37 produtos, incluindo veículos, o objetivo é informar o consumidor sobre os níveis de eficiência dos pneus oferecidos no mercado para automóveis e utilitários leves e pesados.

 

Segundo o gerente de qualidade do Inmetro, Gustavo Kuster, após a publicação da portaria, as fabricantes terão quatro anos para adequar os produtos que já fazem parte de seu portfólio e mais dois anos e meio (30 meses) para novos modelos. “Nossa expectativa é de que os pneus etiquetados cheguem ao mercado em 2014”, estima.

O programa tem como base o modelo europeu, que entrará em vigor em novembro desse ano, tornando obrigatória a inserção da etiqueta em todo pneu oferecido ao mercado na região da União Europeia. Assim como na Europa, o selo no Brasil informará ao consumidor a eficiência dos pneus a partir da avalição dos níveis de aderência ao piso molhado, resistência ao rolamento e ruído, com classificação de A até G, sendo da categoria A os pneus de melhor performance.

Diferente dos Estados Unidos, o modelo europeu não optou por colocar na etiqueta a avaliação de durabilidade. “Também não haverá este indicativo na etiqueta brasileira, mas pode vir a ser um novo quesito no futuro.”

Kuster diz que um dos objetivos do programa de etiquetagem é estimular a competitividade do mercado e que o ponto positivo, principalmente para o consumidor, será a corrida que gerará nas fabricantes para oferecer o produto mais eficiente e econômico. O executivo informa que, em média, entre 20% e 30% do consumo de combustível em um automóvel e 24% das emissões de CO2 são atribuídos aos pneus. Segundo dados do Inmetro, a economia com gastos em combustível no primeiro ano após a implementação do programa de etiquetagem para pneus no Brasil pode chegar a R$ 400 milhões, cifra que pode alcançar os R$ 5,8 bilhões em seis anos.

O órgão mostra ainda que a aceitação da população com relação ao selo da eficiência é alta. Os dados da última pesquisa do Inmetro mostram que 74% da população brasileira conhece a etiqueta do Inmetro, instituída em pela primeira vez em refrigeradores, em 1984. Dessa fatia da população, considerando apenas pessoas com nível superior, 92% confiam nos critérios da etiqueta e, considerando todos os níveis de educação, 82% disseram confiar nas informações do selo.
 
Fonte: Carcon Automotive

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