23 de outubro de 2012

Mais dez montadoras entram em programa de selo para pagar menos IPI

Impulsionadas pelas novas regras do governo, que reduzem o imposto de carros que consomem menos, mais dez montadoras e importadoras de veículos entram em 2013 no programa que classifica os carros de acordo com a sua eficiência energética.

Cota de importação do regime automotivo vale já para este ano

Coordenado pelo Inmetro, o programa etiqueta os veículos com selos, para serem afixados em um dos vidros do carro, com faixas coloridas de "A" (mais eficiente) até "E" (menos eficiente).

São considerados mais eficientes os automóveis que, nas mesmas condições, gastam menos energia, ou seja, consomem menos combustível que os concorrentes.

Com isso, serão 19 os fabricantes que aderiram voluntariamente ao programa.

O governo estabeleceu que até 2017 o consumo médio de gasolina deve chegar a 17,26 km por litro, e o de etanol, a 11,96 km por litro. A redução é de 12% em relação à média atual de consumo.

Redução Extra

As empresas que conseguirem aumentar essa eficiência em até 18% terão direito a um incentivo: redução de até dois pontos adicionais de IPI.

Para Marcos Borges, responsável pelo programa veicular, as montadoras têm "plenas" condições de atingir as metas antes mesmo desse período.

"Somente de 2011 para 2012 as montadoras integradas ao programa conseguiram aumentar 4% a eficiência em seus modelos."

Cálculo feito pelo Inmetro mostra que, em um percurso diário de 40 km, a economia de combustível pode chegar a R$ 611,87 em um prazo de um ano, quando o consumidor opta por um veículo com consumo de combustível mais eficiente.

Em cinco anos, o valor pode chegar a R$ 3.059,37, o que representa cerca de 6% a 8% do valor do próprio veículo.

A partir do próximo ano, a etiqueta do programa do Inmetro afixada nos carros trará informação sobre o consumo de CO2.

"Nosso objetivo não é dizer qual é o melhor carro. Mas dar escolha ao consumidor", diz o responsável pelo programa do Inmetro.

Veículo com Etiqueta

1. O que é o Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular?

Classifica os veículos por quanto eles despendem de energia para se locomover; recebem etiqueta com faixas coloridas de "A" (mais eficiente) até "E" (menos eficiente).

2. Qual é o objetivo?

Estimular o consumidor a procurar a etiqueta do Inmetro para comparar veículos de uma mesma categoria.

3. A eficiência energética será exigida no novo regime automotivo?

Sim. O regime, que valerá a partir de 2013, prevê desconto no IPI para as montadoras que atingirem metas de redução de consumo de combustível.
A partir do ano que vem quatro montadoras (Hyundai Brasil, Mitsubishi, Suzuki e Nissan) e seis importadoras (Jaguar, JAC, Land Rover, Porsche, Volvo e Venko Motors) entram no programa.

"A adesão cresceu 120% em razão do regime automotivo. Passamos de 58 modelos em 2009 para 190 agora. E esse número crescerá ainda mais", diz Borges.

A eficiência tem impacto direto não só no ambiente, mas também no bolso do consumidor, segundo Borges.

Economia de R$ 612

Um carro compacto, uma das categorias mais vendidas no País, faz entre 11,7 km/litro (mais eficientes) e 9,4 km/litro na cidade.


Fonte: Folha de S. Paulo/Claudia Rolli

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