25 de novembro de 2009

Quarta feira, 25/11/2009 - Presidente da MAN deixa o cargo

Há especulações de que a saída de Samuelsson tenha sido motivada por mudanças à vista nas relações societárias entre Volkswagen, MAN e Scania.
Em uma decisão considerada surpreendente, Hakan Samuelsson abdicou da posição de CEO da MAN, deixando o comando do terceiro maior fabricante de caminhões da Europa depois de nove anos na empresa.

Georg Pach-ta-Reyhofen assumirá a posição temporariamente, acumulando as atuais funções à frente da MAN Diesel.


Samuelsson, que se tornou CEO em janeiro de 2005, comandou a empresa durante um período em que suas ações praticamente dobraram de valor.

Em comunicado distribuído na segunda-feira, 23, Samuelsson afirma esperar que a decisão permita à companhia começar uma nova etapa em sua administração de alto nível.

Há especulações de que a saída de Samuelsson foi motivada por mudanças à vista nas relações societárias entre Volkswagen, MAN e Scania, que guardam interesses em comum.

Alguns sites especializados especulam que Volkswagen AG pretende levantar até € 10 bilhões de acionistas para concluir fusão com a Porsche e fazer novas aquisições. Recentemente, Ferdinand Piech, presidente do conselho, comentou que ficaria satisfeito em ampliar de nove para doze o número de marcas controladas.

Com valor de mercado de € 43 bilhões, a VWAG pretende emitir 135 milhões de novas ações preferenciais até dezembro de 2014. A Volkswagen, que já detém 11,7% do mercado global, controla a Scania e tem ações da MAN, pode definir a compra de ações remanescentes da MAN AG.

Quarta feira, 25/11/2009 - Governo manterá IPI reduzido para carro flex até março

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou hoje novas medidas de redução tributária para veículos com menor emissão de carbono. Os carros flex até 1 mil cilindradas permanecerão com uma alíquota de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de 3% até 31 de março de 2010. Pelo cronograma anterior, esta alíquota retornaria a 7% em 1º de janeiro de 2010. Para os carros movidos apenas a gasolina, com motor de 1 mil cilindradas, a elevação do IPI em 1º de janeiro está mantida.

Para os carros com motorização entre 1.0 e 2.0 (1 mil e duas mil cilindradas), com motor flex, o ministro anunciou que a alíquota de IPI de 7,5% será mantida até 31 de março do ano que vem. Os carros com estes motores, mas movidos apenas à gasolina, terão a elevação do IPI para 13% a partir de 1º de janeiro.

O ministro também anunciou a prorrogação até 30 de junho de 2010 da isenção de IPI na compra de caminhões novos. Mantega disse que o governo quer estimular a troca de caminhões já que a frota brasileira tem, em média, 18 anos.

De acordo com o ministro, o governo está preocupado com o meio ambiente e, por isso, tem adotado medidas de redução de tributos relacionadas ao menor consumo de energia e de energia de carbono na atmosfera. Ele disse que o Brasil está indo para a reunião de meio ambiente de Copenhague, em dezembro, com propostas fortes de redução de consumo de energia e que essas medidas já adotadas são o "início das ações do governo, mas que outras iniciativas relacionadas ao meio ambiente e a preservação do clima também serão anunciadas".

Quarta feira, 25/11/2009 - IPI zero para caminhões será mantido até junho de 2010

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou ontem (24/11) que o IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados - para caminhões terá isenção total (zero) até junho de 2010, com a finalidade de estimular a renovação da frota brasileira, que segundo ele, tem um tempo médio de uso de 18 anos. De acordo com o ministro, as medidas estão associadas à questão ambiental, visando a compra de veículos que poluem menos ou são mais econômicos.

17 de novembro de 2009

Terça-feira, 17/11/2009 - Teste: Agrale 13000

Simples em relação ao seu acabamento interno, o Agrale 13000 apresenta mecânica privilegiada, representando bem a categoria dos médios.

Ideais para operações mistas, atendendo desde a distribuição urbana até as curtas e médias rotas rodoviárias, o caminhão médio é um excelente negócio para alguns nichos do mercado — como operações de coleta e entrega, distribuição de bebida, transferência ou atividades no campo. Não por acaso, os médios tomaram conta de 10% do mercado até agosto deste ano, derrubando a tese dos mais apocalípticos de que os modelos dessa categoria tenderiam a desaparecer. Claro que, conforme a logística foi se tornando mais madura, houve a precisão de caminhões direcionados para cada setor do transporte, não havendo a necessidade de os veículos médios cobrirem praticamente todos os ramos — como ocorreu durante anos até meados de duas décadas atrás.


Quando a Agrale desenvolveu o 13000, primeiramente em 2006, com a configuração 4x2, e, na Fenatran de 2007, com o 6x2, sabia que o transporte nesse segmento estava bastante direcionado. E, por essa razão, bastava, como ferramentas de sedução, um veículo resistente, econômico e de baixo custo de aquisição e, claro, de manutenção.



No que tange à resistência, a marca tem argumentos de sobra, por meio da renomada linha de caminhões 8500 e 9200 e do off-road Marruá, que abastece o Exército Brasileiro e outros países da América do Sul.

Além das características citadas, o médio da fabricante de Caxias do Sul, RS, atrai por muito mais. Equipado com motor MWM International 6.10 TCA, de 6 cilindros, possui uma potência de 173 cv a 2 400 rpm. Já conhecido por prover alguns modelos do mesmo segmento, como o Volkswagen 15.180, o item se diferencia, segundo a própria MWM, por possuir integrado ao bloco componentes como bombas de água e de óleo, assim como o resfriador de óleo.

O fato é que a Agrale optou por esse propulsor de motorização mecânica, mas que atende à Euro 3, justamente pelo baixo custo de manutenção devido ao fácil manuseio. “O motor não precisa ser retirado, graças às suas camisas úmidas removíveis e aos cabeçotes individuais. Com isso, o conserto é mais simples, não há necessidade de levá-lo a uma retífica, basta apenas comprar o kit e trocar. Assim, o custo e o tempo do caminhão parado são menores”, destaca Valmor Michelon, analista de marketing do produto da Agrale.

A caixa de câmbio que equipa o 13000 é a Eaton F5 5406A, de 6 marchas, que se traduz em aproveitamento, devido ao melhor escalonamento, não havendo vácuo entre uma troca de marcha e outra, mantendo o veículo sempre na faixa verde, sem comprometer o consumo. “A primeira impressão que tenho é de um caminhão com um aspecto de automóvel, como deve ser um modelo que opera em atividades urbanas, até para não cansar o motorista. O engate das marchas é macio e as trocas são precisas”, ressalta João Moita — motorista de teste profissional — convidado pela Revista TRANSPORTE MUNDIAL para esta avaliação.

Multifaces
Versatilidade é uma qualidade que foi dada ao médio da Agrale, pois ele apresenta atributos parecidos aos daqueles pequenos veículos indicados para o tráfego do grande centro expandido, a começar pelas barras estabilizadoras nos eixos dianteiros e traseiros. Vale dizer que a marca gaúcha oferece o componente de série nos eixos traseiros. “Faz uma grande diferença esse item, pois o torna mais estável, principalmente nas curvas fechadas”, diz Moita.

De acordo com a fabricante brasileira, a ideia de colocar o item de série no 13000 teve como objetivo atender, especialmente quem trabalha no transporte utilizando o implemento tipo baú. “Nesse tipo de atividade, a carga fica posicionada em uma certa altura dentro do baú e pode sofrer impactos nas curvas. Com as barras estabilizadoras na parte traseira, o motorista se sente mais seguro, porque não tem a sensação de a mercadoria estar se movimentando”, explica Michelon.

Apesar de a sua inclinação urbana, uma vez que o 13000, ao menos o avaliado, não oferecia uma relação de diferencial mais longa e nem um câmbio com overdrive, a Agrale ressalta que pode dispor de fábrica, dependendo da necessidade do cliente, de um eixo com uma relação mais longa. De série, o caminhão médio é oferecido ao mercado com uma relação de 4,63:1. Disponível inicialmente com entre-eixos de 4 800 mm, o Agrale 13000 tem comprimento total de chassi de 8 554 mm e comprimento máximo de carroceria de 6 930 mm.

Um brasileiro que nunca desiste
Na descida da serra pela rodovia Anchieta, o freio-motor respondeu bem às necessidades. Carregado quase no seu limite de PBT (Peso Bruto Total) de 12 960 kg, trafegou a 50 km, em 4ª marcha e a 2 500 rpm. Manteve-se assim até o final do trecho, já que a movimentação de veículos estava mediana na ocasião do teste. Foi possível colocar à prova o freio-motor — que segurou bem, não havendo a necessidade de intervenção do freio de serviço, inclusive nos pontos mais declives da serra.

Ao nível do mar, a 80 km/h, o ponteiro do conta-giros indicou 2 000 rpm, em 6ª simples quase no limite da faixa verde, o que para Moita poderia influenciar em um resultado melhor, “porém isso se justifica pelo fato de o 13000 ter o seu trem-de-força desenvolvido para atender aos trechos urbanos”.

No final da viagem-teste, de volta ao Planalto Paulista, pelo mesmo sistema Anchieta-Imigrantes, o Agrale se mostrou desenvolto, até pelas suas dimensões e pelos 173 cv que oferta até 2 400 rpm. Em 5ª marcha, perto dos 60 km, no conta-giros oscilava entre 1 600 e 1 700 rpm.

Quando testamos o 13000 4x2 na edição nº 53, novembro de 2007, ele fez uma média de consumo de 4,01 km/l, nos 269 km percorridos. Repetimos a dose e valeu a pena, o veículo causou impressões positivas. No mesmo trecho do sistema Anchieta-Imigrantes, mais que comprovar a sua produtividade, legitimou tratar-se de um veículo econômico, fez 4,61 km/l e rodou um pouquinho mais na estrada, 282,2 km. Obviamente, o motorista é determinante no resultado final do consumo, o que prova a importância do treinamento. Mas um caminhão bem ajustado faz a diferença. O Agrale 13000 pode não ter itens de sofisticação dentro da cabine, mas, quem preza por eficiência encontrará nele um caminhão bastante producente e versátil.

Créditos:
Fernando Fischer / texto: Andrea Ramos / teste: João Moita / Imagens Bruno Guerreiro

16 de novembro de 2009

Segunda-feira, 16.11.2009 - São Paulo recebe mais um ônibus Scania movido a etanol

A cidade de São Paulo recebeu na semana passada, dentro do projeto BEST (BioEthanol for Sustainable Transport), o segundo ônibus movido a etanol do país. O novo veículo com chassi Scania rodará durante 60 dias entre os terminais Lapa e Vila Mariana (Terminal Lapa/Metrô Vila Mariana, linha 875H/10), sob responsabilidade da Viação Gato Preto (foto, divulgação Scania).




Ônibus - Com chassi Scania de 15 metros de comprimento, da Série K, e motor de 9 litros de 270 cavalos de potência, o novo ônibus da cidade é abastecido com combustível renovável bioetanol, hidratado com 5% de aditivo promovedor de ignição, atendendo às exigências européias de emissão de poluentes EURO 5 e EEV (Enhanced Environmentally Friendly Vehicles), normas obrigatórias pela União Européia a partir deste ano. O primeiro veículo do projeto*, entregue em 2007, circulou no corredor Jabaquara - São Mateus, incluindo outros três municípios da região metropolitana (Diadema, São Bernardo do Campo e Santo André).

O ônibus movido a etanol é capaz de reduzir em até 90% a emissão dos gases do efeito estufa, segundo os responsáveis pelo Projeto BEST, além de diminuir em 62% a emissão de óxidos de nitrogênio e de não liberar enxofre. De acordo com a prefeitura, o veículo será monitorado pela SPTrans (São Paulo Transporte), que vai avaliar o desempenho e o desgaste do motor, bem como o nível de consumo.


Projeto - O Brasil foi o primeiro país das Américas a ter ônibus movido a etanol em circulação pelo projeto BEST, uma iniciativa da prefeitura de Estocolmo, na Suécia, apoiada pela União Européia. Articulado pelo Cenbio da USP - Universidade de São Paulo, o projeto tem como parceiros Scania, Caio, Cosan, SPTrans, EMTU, BAFF/Sekab, UNICA e Fundação Clinton. Além de São Paulo, participam do programa as cidades de Estocolmo, Madri (Espanha), Roterdã (Holanda), La Spezia (Itália), Somerset (Inglaterra), Dublin (Irlanda) e Nanyang (China).

A frota de ônibus do sistema de transporte da cidade soma cerca de 15 mil veículos. Segundo o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, a meta é usar o etanol na frota de ônibus e microônibus das concessionárias e permissionárias. "Esperamos que esse projeto seja estendido para 200 ônibus", disse (Com informações da prefeitura de São Paulo).

Segunda-feira, 16.11.2009 - Volkswagen completa 50 anos no Brasil e anuncia novos investimentos

Ela chegou a ser comparada a uma cidade nos anos 80. Tinha ruas com semáforos, capela, agência de correio e padaria que produzia 50 mil pães por dia. Hoje menor, mas ainda uma gigante imponente na Via Anchieta, que liga a capital ao litoral paulista, a fábrica da Volkswagen comemora na quarta-feira 50 anos de inauguração oficial, data marcada pela histórica foto em que o presidente Juscelino Kubitschek passeia pela linha de montagem em um Fusca conversível.

A fábrica, a primeira da Volkswagen fora da Alemanha, foi a escolhida pelo grupo para receber boa parte de um novo investimento que será anunciado no fim deste mês ou início de dezembro. O dinheiro será aplicado em aumento de capacidade produtiva e desenvolvimento de carros que chegarão ao mercado nos próximos dois ou três anos.

A companhia tem mais duas unidades de automóveis, uma em Taubaté (SP) e outra em São José dos Pinhais (PR), e uma de motores em São Carlos (SP). Recentemente, a matriz alemã vendeu a unidade de caminhões para o grupo MAN. O novo aporte vai se somar ao programa de R$ 3,2 bilhões anunciado para o período 2007 a 2011 e faz parte do projeto do grupo de chegar em 2012 com produção anual de 1 milhão de veículos. Este ano, a produção deve atingir volume recorde de 800 mil unidades.

"A Anchieta é a fábrica mais complexa do grupo", afirma o presidente da Volkswagen do Brasil, Thomas Schmall. "Produz nove modelos, da Kombi ao novo Gol". Ele não adianta detalhes do anúncio que fará nas próximas semanas, mas indica que a unidade do ABC deve crescer mais que as outras do grupo.

Schmall também destaca a importância da filial para a matriz, que conta com o Brasil, seu terceiro maior mercado, para chegar à liderança mundial em vendas nos próximos anos. "Em 2006, representávamos 8% das vendas do grupo; hoje, já participamos com 11%."

No mercado brasileiro, a marca que tem um terço de sua produção feita na unidade Anchieta, espera voltar à liderança do mercado de automóveis e comerciais leves, perdida para a Fiat em 2001, no próximo ano.

No segmento de automóveis, o objetivo já foi atingido e a marca alemã está à frente da italiana com 25,6% de participação nas vendas de janeiro a outubro. Na soma dos segmentos, a VW aumentou suas vendas em 13% (com 573,5 mil unidades) neste ano, ante um crescimento de 7,4% do mercado.

Até o fim do ano, a Volks ainda vai lançar duas novas versões de modelos, completando um pacote de 16 lançamentos. Para 2010, serão mais dez novidades, informa Schmall, que aposta em um crescimento de 3% a 6% nas vendas internas, sendo que a Volkswagen deverá crescer entre 4% a 8%.

Gesto imitado

A Volkswagen instalou-se em São Bernardo do Campo em 1957 inicialmente produzindo a Kombi. A inauguração oficial só ocorreu dois anos depois, com a presença do então presidente da República que vislumbrou um futuro industrial para o Brasil. Um ano depois chegou a São Bernardo a também alemã Mercedes-Benz. A primeira a instalar-se no ABC paulista, porém, foi a General Motors, que em 1930 inaugurou a fábrica de São Caetano do Sul, inicialmente para produzir caminhões. Mais tarde vieram Toyota e Scania (1962) e a Ford (1967).

O aglomerado de montadoras atraiu dezenas de fabricantes de autopeças e fez da região o mais importante polo automotivo do País e, também, o berço do sindicalismo brasileiro. Foi no ABC que surgiu o líder metalúrgico Luiz Inácio Lula da Silva. "Kubitschek, com seu gesto, abriu o caminho para o Brasil ter uma indústria forte", diz Schmall. Hoje, o Brasil é o sexto maior produtor mundial de veículos e o quinto maior mercado. Até de dezembro deverão ser vendidos no País mais de 3 milhões de veículos.

O gesto de Juscelino foi imitado, mais tarde, por outros dois presidentes. Em 1993, quando o Fusca voltou a ser produzido, Itamar Franco desfilou em uma versão conversível especialmente fabricada para a ocasião. Em 2003, foi a vez de Lula desfilar pela fábrica em um Fox conversível, dessa vez no cinquentenário da chegada da Volkswagen ao País, inicialmente como importadora.

O especialista em indústria automobilística, José Roberto Ferro, presidente do Lean Institute, concorda que a fábrica Anchieta representou a chegada ao Brasil da produção em massa. Mas ressalta que, por muitos anos, foi uma das mais ineficientes em produtividade. "Ela trouxe ao País o modelo que era competitivo na época, com a produção interna de quase todos os componentes usados no carro, até mesmo os tapetes, mas o mundo produtivo mudou e a Volks ficou estacionada."

Ferro acredita que a Volkswagen mudou muito nos últimos dez anos, passou por várias reestruturações, "mas não está nos níveis mais avançados do mundo". Schmall reconhece os anos de ineficiência, mas garante que a empresa "conseguiu inverter o jogo e hoje é uma das mais eficientes".

No início dos anos 80, a VW Anchieta chegou a empregar mais de 40 mil funcionários e hoje tem perto de 13 mil. Somando as quatro fábricas do grupo, chega-se a pouco mais da metade desse número. Produção de peças e serviços foram terceirizadas, modelo produtivo adotado por todas as montadoras.

O encolhimento da fábrica e do quadro de pessoal foi feito à base de muitas greves e negociações com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Uma das mais longas foi em 2006, quando a empresa ameaçou fechar a fábrica caso não conseguisse reduzir o número de trabalhadores para tornar a unidade mais competitiva.

Com 40 anos de idade e há 25 funcionário da Anchieta, Luiz Carlos da Silva Dias, vice-coordenador da Comissão de Fábrica, cita como um dos avanços a relação entre trabalhadores e empresa. "Antes tínhamos de fazer greve para que eles sentassem à mesa para negociar; hoje a greve é a última alternativa após as negociações."

Ao longo dos seus 50 anos, a Anchieta produziu 11 milhões de veículos, o equivalente a um terço de toda a frota de carros e comerciais leves que circulam pelo País e a 60% de toda a produção da Volkswagen brasileira. Parte dessa produção é do modelo Gol, o carro mais vendido no País há 22 anos.

Em várias ocasiões, a marca teve de chamar seus clientes de volta às concessionárias para corrigir defeitos de fábrica. O recall mais polêmico foi dos modelos Fox, ocorrido depois que alguns consumidores tiveram parte dos dedos decepados no sistema de rebaixamento do banco traseiro. (O Estado de S. Paulo)

6 de novembro de 2009

06.11.2009 - Brasileiro prefere viajar de ônibus, aponta pesquisa

Turistas consideram o ônibus confortável, seguro e com a passagem mais barata.

O brasileiro gosta de viajar em um veículo confortável, que ele acha seguro, e pagando um preço razoável pela passagem. Sabe qual é? O ônibus é o meio de transporte favorito de 40% dos entrevistados em uma pesquisa recente feita pelo Ministério do Turismo. Os passageiros foram ouvidos em onze capitais, de Norte a Sul do país.


"A tranquilidade de não ter que se preocupar com trânsito, não ter que dirigir, poder ir descansando no ônibus, principalmente quando o trajeto é maior", aponta um turista.


"Hoje em dia viajar de carro se torna perigoso por conta de assalto, violência. Ir de ônibus é mais seguro", completa uma jovem.

A pesquisa ouviu pouco mais de 2,5 mil pessoas, que pretendem viajar pelo Brasil nos próximos meses, na alta temporada de turismo. Apesar da queda no preço das passagens aéreas e da maior concorrência no setor, os consumidores preferem o ônibus e depois o carro e deixam o avião em terceiro lugar.

"Se você pegar o convencional paga mais barato, o executivo paga um pouco mais caro", compara uma passageira.

Até o turista argentino, que prefere viajar de avião, escolhe o ônibus aqui: "Porque é mais barato".

A pesquisa mostra que o principal destino escolhido pelos turistas brasileiros continua sendo a Região Nordeste (37,4%). Isabel compra bilhetes para o marido e para a irmã, que vão para o Ceará. Vai gastar R$ 737,20 com os dois bilhetes só de ida.

Os dados mostram ainda que a média de gastos do turista brasileiro caiu esse ano em relação ao levantamento feito pelo Ministério do Turismo em 2007. Segundo o ministério, a redução se deu com o aumento do número de turistas das classes C e D.

"Esse pessoal, principalmente quem vem de baixa renda, já está acostumado a andar de ônibus. Na hora de optar entre andar de ônibus e andar de avião, por exemplo, ele faz a economia do avião e usa aquele dinheiro para se divertir melhor nas férias", explica o especialista em transporte José Eugênio Leal.

Fonte: Bom Dia Brasil

05/11/2009 - MAN inicia produção na África do Sul


Caminhões e ônibus dos modelos Constellation e Volksbus, da Volkswagen, serão fabricados na cidade de Pinetown

A MAN Veículos Comerciais da África do Sul começou a montar caminhões e ônibus das linhas Constellation e Volksbus desenvolvidos pela MAN Latin América. De acordo com a empresa, o primeiro caminhão deve ser concluído ainda no início do mês de novembro.



Esta é a primeira vez que caminhões e ônibus MAN e Volkswagen são produzidos em uma mesma fábrica. A linha de produção da montadora na África do Sul está localizada em Pinetown.

Até então, a MAN Latin América abastecia o mercado africano com veículos fabricados na cidade de Port Elizabeth. Funcionários da MAN Latin América já foram integrados à planta de montagem em Pinetown. Por enquanto, os caminhões e ônibus Constellation e Volksbus serão montados em um ambiente separado para que a equipe seja treinada. Segundo a empresa, com isso, a montadora também ganha tempo para adequar a infraestrutura da nova linha de montagem.

Hoje a fabricante produz, em Pinetown, sete veículos por dia. Com a perspectiva de aumento da demanda e a redução no inventário, a montadora deverá quase duplicar a produção e chegar a 3 200 unidades fabricadas por ano, em média, com a introdução da gama Volkswagen.

“A MAN Latin America é conhecida por sua experiência em mercados emergentes, não apenas em desenvolvimento de produto, mas também em vendas sob encomenda e pós-vendas. A adição da experiência da MAN Veículos Comerciais na África do Sul e toda a região do sub-Saara nos permitirá sinergias para conquistar mais mercados e clientes”, declarou Roberto Cortes, Presidente da MAN Latin America.



Fernando Fischer / Fonte: Portal Webtranspo