16 de dezembro de 2009

15.12.2009 - Terça-Feira - Governo estende o prazo do Procaminhoneiro para junho de 2010

Pacote de incentivos assinado pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega,
prorrogou diversos benefícios para fomentar o aquecimento da economia e
prazo de vigência do Procaminhoneiro, que expiraria em 31 de dezembro, foi
ampliado para junho do ano que vem

O governo federal, por meio do ministro da Fazenda, Guido Mantega, prorrogou
para junho de 2010 o prazo de vigência do Procaminhoneiro, programa de
fomento à renovação de frota, que oferece taxas de juros de 4,5% ao mês e
prazo de até 96 meses para financiar a compra de caminhões novos e usados
com até 15 anos de fabricação. Diante da grande procura e da dificuldade de
milhares de transportadores na obtenção do financiamento, o Procaminhoneiro
foi prorrogado até junho de 2010, para alívio de muitos transportadores,
empresas e autônomos, que precisam renovar suas frotas.

Segundo o presidente da União Nacional dos Caminhoneiros (Unicam), José
Araújo "China" da Silva, que concedeu entrevista exclusiva ao Portal
Transporta Brasil, o Procaminhoneiro é um programa primordial para todo o
transporte rodoviário de cargas brasileiro. "Este programa significa tudo na
vida de um caminhoneiro, que sempre foi aquele que comprou o caminhão de
alguém que não queria mais, sucateado e velho. Normalmente, 70% dos
autônomos sofrem com isso. As frotas das empresas de transportes têm idade
média de 11 anos. No caso do agronegócio, a idade média é de cinco anos.

Considerando os autônomos, a coisa fica feia. A idade média é de 23 anos.
Isso é a média. Temos caminhões de 40 e de até 60 anos rodando pelo Brasil.
É comum vermos os famosos Barriga D'água, os Jacarés, da Scania, os Fenemês,
trabalhando País afora. É por isso que este programa é tão importante", diz
o dirigente, popularmente conhecido no setor como China.

Criado pelo governo Lula, o programa passou por uma reformulação até chegar
ao modelo atual, com juros de 4,5% ao ano. "No governo Lula, foram feitos
três programas para a compra de caminhões. O primeiro foi o Modercarga, que
não deu certo. O segundo foi o BNDES Caminhoneiro, que também não deu certo,
e o terceiro foi o Procaminhoneiro. Eu não sou o inventor do
Procaminhoneiro. O que eu fiz foi aperfeiçoar o projeto, a pedido do próprio
presidente Lula. Quando me encontrei com ele há pouco mais de um ano, ele me
perguntou como estavam as ações para melhorar as condições dos
transportadores. Eu disse a ele que estava tudo da mesma forma, nada tinha
evoluído. Foi então que ele me pediu para aperfeiçoar o projeto, que
entreguei no dia 29 de abril de 2008 à ministra Dilva Rousseff, da Casa
Civil, e um mês depois o Procaminhoneiro foi recriado", revela o presidente
da Unicam.

Dificuldades de acesso ao crédito

Em todo o Brasil, milhares de caminhoneiros têm reclamado que não estão
conseguindo o acesso ao financiamento com juros baixos para a compra dos
caminhões. De acordo com China, isso se deve à dificuldade dos bancos em
oferecer o produto, menos vantajoso para as instituições financeiras do que
financiamentos como o Finame, que remunera melhor. "Temos tido reclamações
constantes de caminhoneiros que entram em contato conosco na Unicam, que não
estão conseguindo o acesso ao crédito. Os bancos têm dificultado este acesso
e não estão respeitando a decisão do governo federal de propiciar esta
facilidade aos transportadores", explica China.

A quem recorrer?

O presidente da Unicam colocou a entidade à disposição de todos os
caminhoneiros do Brasil para interceder em favor deles na busca pelo
financiamento do Procaminhoneiro. "Eu vou me empenhar pessoalmente nisso.

Quero saber do BNDES e das montadoras quantos caminhões estão sendo vendidos
via Procaminhoneiro. Vou pedir relatórios mensais para que possamos
acompanhar esta evolução. Se os caminhoneiros tiverem problemas para a
obtenção do financiamento com as montadoras e com os bancos, devem ligar
para mim, entrar em contato com a Unicam (www.unicam.org.br –
11 - 3935-6760 11 - 3935-6760 ). Peço que me escrevam, que mandem e-mail
(unicam@unicam.org.br), para que eu possa saber como está esta adesão e como
cobrar das autoridades. Eu sei que há problemas, mas não tenho tido
subsídios da categoria para agir. Peço que entrem em contato conosco para
que possamos interceder.Eu sei de quem cobrar", finaliza o presidente da
União Nacional dos Caminhoneiros

Fonte: http://www.atrbrasil.com.br/

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