29 de março de 2010

29.03.2010 - Kombi chega aos 60


A Volkswagen comemora este mês o 60º aniversário de produção mundial da Kombi (fotos, divulgação Volkswagen do Brasil). Um dos ícones “eternos” da marca na indústria automobilística, ao lado do Fusca, o modelo foi o primeiro veículo a sair da linha de montagem da montadora em São Bernardo do Campo (SP), em 1957.


Trajetória - Idealizada pelo holandês Ben Pon na década de 40, que pretendia incluir o confiável conjunto mecânico do Fusca em um veículo de carga leve, a Kombi começou a ser produzida na Alemanha em 1950. À época, chamava atenção pela carroceria monobloco e pelo motor traseiro, refrigerado a ar, de 18,4 kW.
Primeiro desenho da Kombi feito em 1947 por Ben Pon

Dono de concessionária, Ben Pon tornou-se o primeiro importador oficial Volkswagen, em agosto de 1947. O nome “Kombi” vem do alemão Kombinationfahrzeug (veículo multiuso), sendo que em 1949, um ano antes de começar a ser produzida, foi apresentada à imprensa da época como Tipo 2.

Os números dos primeiros anos comprovam o sucesso do veículo: 100 mil unidades produzidas já em 1954, um milhão em 1962. Para se ter uma idéia, até 1955 eram produzidos 90 tipos de carroceria da Kombi, como miniônibus, carros de bombeiro, ambulância, furgões refrigerados de sorvetes e até picapes.

Brasil - A história da Kombi se confunde com a trajetória da Volkswagen no Brasil, pois foi o primeiro modelo a sair da linha de montagem da montadora em São Bernardo do Campo (SP), em 1957. Essa primeira versão no Brasil tinha índice de nacionalização de 50% e motor de 1.200 cc.
Kombi nº 1 no Brasil

De lá para cá, a Kombi foi ganhando inúmeras versões no país. Do modelo seis portas e picape, nos anos 60; ao com motor 1.6 e nova frente, nos anos 70; versões diesel 1.6 a água, furgão, picape cabine dupla e a álcool, nos anos 80; passando pela versão luxuosa Carat, nos anos 90; até o último com motor 1.4 Total Flex arrefecido a água, que substituiu o refrigerado a ar, lançado em 2005.

Em 53 anos de produção no país, a Kombi acumulou 1.360.850 unidades vendidas (até fevereiro de 2010). Atualmente, o modelo é vendido no país em quatro versões: Standard (9 passageiros), Furgão (2 ou 3 passageiros), Lotação (12 passageiros) e Escolar (15 passageiros).

Produção da Kombi no Brasil: ontem...

...e hoje

Promoção - Para marcar a data histórica, a Volkswagen lançou o concurso público "Kombi 60 anos". Para participar, basta acessar um hotsite exclusivo (www.vw.com.br/kombi60anos) até o dia 15 de abril e escrever um texto com o tema "Uma história que vivi com a Kombi”. O prêmio para o autor da melhor história, que será revelado no dia 20 de maio, não poderia ser outro: uma Kombi zero km.

29.03.2010 - Segunda-feira - PSA Peugeot Citroën anuncia investimento de R$ 1,4 bi

A PSA Peugeot Citroën tem um novo programa de investimentos no Brasil. Durante passagem pelo país na semana passada, Philippe Varin, presidente do grupo, anunciou oficialmente que a companhia vai investir nada menos que R$ 1,4 bilhão, até 2012, para o desenvolvimento de suas atividades no mercado.


Investimentos - De acordo com a montadora, esse montante será destinado, principalmente, ao desenvolvimento de novos projetos de veículos das marcas Peugeot e Citroën e de novos motores. Além disso, permitirá também o aumento da capacidade de produção do Centro de Produção do Grupo PSA em Porto Real, no Rio de Janeiro (foto, divulgação), que atualmente fabrica três modelos Peugeot (207, 207 SW e 207 Passion), dois Citroën (C3 e Xsara Picasso) e os motores 1,4 litro e 1,6 litro flexfuel e à gasolina.

A companhia ressalta que o novo investimento vem se juntar às recentes ações que visam reforçar a presença da PSA no Brasil e na América Latina e acelerar a participação nas zonas consideradas prioritárias para o seu desenvolvimento internacional, como a inauguração da Unidade de Usinagem de Motores em Porto Real, em julho do ano passado, e a contratação de 700 funcionários para a implantação do terceiro turno de produção de veículos e motores na unidade industrial, iniciado no dia 18 de fevereiro. "A América Latina e mais particularmente o Brasil são fundamentais para a concretização de nossa ambição de sermos um grupo cada vez mais global. Para preparar seu futuro no continente, a PSA Peugeot Citroën garante recursos para colocar em ação um sólido plano de produtos para suas marcas. Como exemplo, até o fim do primeiro semestre de 2010, a Peugeot lança a picape compacta Hoggar, enquanto a Citroën prepara o lançamento de um novo modelo no segundo semestre", comentou o presidente do grupo.

Fonte: Canal do Transporte

29.03.2010 - Segunda-feira - Iveco renova linha de extrapesados Stralis

A Iveco prossegue com sua série de lançamentos no Brasil. A montadora, que se comprometeu a lançar duas famílias de caminhões ao ano, apresentou ao mercado a nova linha Stralis NR (fotos, divulgação), que renova o seu conhecido extrapesado com novas potências, incluindo uma versão como motor de 460 cavalos, agora a mais potente da marca no país; novos torques; transmissão; embreagem, com direito a uma tecnologia inédita de redução de esforço da embreagem e do pedal; entre muitas outras novidades.

Stralis NR

Gama - A nova família Stralis NR (New Range) é composta de três modelos: além da 460NR, que substitui a versão anterior de 420 cv, um ganho de 40 cv; o 410NR, com 415 cv, uma evolução do Stralis de 380 cv, que foi mantido e rebatizado 380NR. “O modelo 380 foi mantido na gama como veículo de entrada super competitivo”, destaca o engenheiro Luciano Cafure, gerente da plataforma de veículos pesados da Iveco, responsável pelo projeto NR.

Stralis 460NR, agora o mais potente Iveco

O Stralis também ganhou mais torque na nova linha. O 410 NR tem 2.000 Nm entre 1.000 a 1.400 rpm, 12% a mais. Já o 460NR entrega um torque máximo de 2.250 Nm entre 1.100 a 1.400 rpm, 20% a mais que a versão anterior. O 380NR sai com 1.800 Nm de torque máximo entre 1.000 e 1.400 rpm.

A linha Stralis NR permite três opções de tração (4x2, 6x2 e 6x4 para os modelos 460NR e 410NR, 4x2 e 6x2 para o 380 NR), duas de câmbio, quatro de eixo traseiro e cabinas de teto alto e baixo, com mais de 60 configurações diferentes. De acordo com a montadora, toda a gama pode atender as mais variadas aplicações rodoviárias, como graneleiro, carga seca, basculante, baú carga geral, tanque, cegonheiro, baú frigorífico, porta-container, baú lonado (sider), canavieiro, tanque aço inox, entre outros. Os modelos de 460cv e 415cv, por exemplo, são indicados para puxar carretas convencionais de 3 eixos espaçados 6x2 (“vanderleia”) em até 53 toneladas de PBTC (peso bruto total combinado); carretas bitrem em 6x2 de PBTC de até 57 toneladas; rodotrem e bitrenzão em 6x4, chegando a PBTC de até 74 toneladas; enquanto o 380 NR é mais indicado para operar com carretas convencionais de 3 eixos em 4x2 e 6x2, podendo chegar também a PBTC de até 57 toneladas.
Stralis NR, diversas aplicações

Os Stralis NR vêm de série com suspensão pneumática de cabina, climatizador, mais de 20 porta-objetos, cama, CD player, vidro elétrico e travamento central das portas, caixa térmica, buzina pneumática, suspensão pneumática, banco motorista, computador de bordo, faróis de neblina e profundidade. Entre os opcionais, traz “intarder”, para maior potência de freio motor; defletores de ar superiores e laterais, que aumentam a eficiência aerodinâmica; novo tanque de alumínio de até 900 litros (600 + 300 litros) nas configurações de tração 6x2 e 6x4; rodas de alumínio; espelhos retrovisores elétricos; geladeira com capacidade de 23,7 litros (apenas na versão de 460cv); barra estabilizadora traseira 4x2, que promete mais segurança no transporte de carga com centro de gravidade mais alto; para-lama tripartido, para maior segurança nas aplicações de implemento tanque; além dos já existentes na linha anterior (ar-condicionado, freios ABS, eixo com redução dos cubos, roda de alumínio).

Detalhes do novo Stralis NR

Transmissão - Todos os modelos Stralis NR vêm equipados com uma nova transmissão ZF, com nova relação de marchas e direct drive (última marcha direta, de relação de 1:1, mais reduzida), reduzida e otimizada para as aplicações do transporte brasileiro, que promete mais desempenho e menor consumo, sendo que a versão overdrive continua como opcional. De acordo com a fabricante, a caixa de câmbio tem agora escalonamento de marchas mais curtas e rápidas e oferece o melhor desempenho em qualquer situação. De acordo com a FPT, nos testes comparativos com veículos similares dos concorrentes o novo Stralis se mostrou ao redor de 3% melhor na retomada e na aceleração.

Detalhes do interior do Stralis NR


Uma nova embreagem, disponibilizada nos Stralis NR de 460cv e 410cv, possibilita acionar o servo da transmissão com 75% do curso do pedal de embreagem, além de reduzir em 40% o esforço do motorista com a alavanca de câmbio. Para se ter uma idéia, o sistema criado pelo engenheiro de Produto Ricardo Coelho, cujo projeto conquistou a primeira patente registrada na matriz italiana da Iveco em nome do Centro de Desenvolvimento de Produto Iveco de Sete Lagoas, tem esforço de acionamento de 8kg, ou seja, metade do exigido por um caminhão normal, equivalente a um automóvel.

A gama Stralis NR oferece, também, duas opções de eixo traseiro (reduções 3,40:1 e 3,70:1). Uma de redução simples (de série), outra com redução nos cubos (opcional), esta última ofertada exclusivamente para a configuração 4x2.

Com um potente freio-motor de série para suas categorias, os Stralis 460NR e 410NR podem ainda ter como opcional, na configuração 6x4, o novo sistema ZF Intarder de frenagem auxiliar, integrado à transmissão. O dispositivo, conhecido como retardador, que já vem com freios ABS, amplia em mais 145cv (mais 35%) a potência de frenagem total, totalizando 560cv, garantindo maior segurança em operações severas – caso do transporte de produtos perigosos por rodotrem.



Motorização - Os novos motores Iveco-FPT Cursor 13 de seis cilindros e 13 litros do Stralis (415cv e 460cv), fabricados na unidade da FPT de Sete Lagoas, tiveram alterações em relação à versão anterior em seu projeto estrutural, fluidodinâmica, parâmetros de combustão e calibração, além do novo sistema de freio-motor. “Foram diversas mudanças técnicas. Podemos destacar o cabeçote, turbo compressor, a hélice, central eletrônica, coletor de escapamento”, enumera o diretor de Engenharia do Produto da FPT Mercosul, João Irineu Medeiros. De acordo com a fabricante, eles tornaram-se mais adequados e, em consequência, mais econômicos nas novas aplicações do transporte brasileiro.

Motor do Stralis NR

Os motores do Stralis estão agora predispostos para respeitarem o novo limite de emissões Euro V (Proconve P7) para propulsores pesados, que entrará em vigor a partir de 2012. Os propulsores Cursor 13 receberam ainda um freio motor com dispositivo eletropneumático (tipo FLAP, borboleta na saída do escapamento) para atuar de forma combinada com o sistema já existente que funciona por descompressão. Trabalhando juntos, segundo a FPT, ambos resultam no sistema CEB (combined engine brake) e proporcionam uma maior performance em potência de frenagem - cerca de 20% a mais em decida.

Medeiros revela que as novas versões dos motores Cursor 13 foram totalmente implementadas no Brasil durante aproximadamente 50 mil horas. “Este teste envolveu a colaboração de 30 fornecedores brasileiros”, acrescenta.

Essas mudanças, segundo Cafure, garantem maior velocidade de cruzeiro com uma economia de combustível de 5% em relação aos modelos anteriores. O menor consumo de combustível do novo Stralis pode ser conferido de forma constante e instantânea por meio do novo “Econômetro”, instalado como equipamento de série no painel do veículo. Ele auxilia o condutor também a acompanhar a pressão do turbo. Se esta for excessiva, o consumo automaticamente aumenta.

”Econômetro”

A montadora destaca que os avanços tecnológicos do produto, de produção e de materiais, aliados ao extenso programa de testes de desenvolvimento do Iveco Stralis NR, permitiram projetar um aumento nos intervalos de manutenção, bem como adotar novas peças e componentes de custo e durabilidade mais favoráveis aos clientes. Resultado: a manutenção inicial do Iveco Stralis NR para aplicações bitrens e rodotrens, por exemplo, está agora fixada nos 30.000 quilômetros, ante os 10.000 km anteriormente recomendados; as revisões periódicas, antes feitas a cada 20.000 km, passam a ser feitas a cada 30.000 km.

Já os novos conjuntos de powertrain (motor-transmissão), otimizados para as condições brasileiras, permitem agora a utilização de óleo semissintético na caixa de câmbio, com durabilidade de até 240.000 km contra os 60.000 km permitidos pelo óleo mineral utilizado anteriormente. O óleo de motor e filtro de combustível duram 50% mais, podendo ser trocado a cada 30.000 km, enquanto o intervalo para a troca da correia do motor também está 50% maior (90.000 km). “Com a maior durabilidade das peças e componentes, a Iveco reduziu quase pela metade o numero de revisões em dois anos de utilização do caminhão”, explica Maurício Gouveia, diretor de pós-venda da Iveco.

Gerenciamento - A nova linha também estreia um inédito sistema de telemetria aberta, chamado “Frota Fácil”, que permite o monitoramento do caminhão e do desempenho do motorista, com informações sobre consumo, velocidade, frenagem, entre outras. Desenvolvido no Brasil, com garantia original Iveco, e disponível como opcional em todas as versões do Iveco Stralis NR, ele vem em um kit que contempla módulo eletrônico embarcado, sistema de transmissão de dados com antenas integradas de localização GPS e de comunicação celular GPRS, software em CD, cabo USB de 2 metros e manual.

Novidade: “Frota Fácil”

A gerente de Marketing do Produto da Iveco, Cristiane Nunes, enumera as vantagens do “Frota Fácil”. “Custa menos da metade do preço do sistema semelhante oferecido pela concorrência. Sem contar o fato de que ele é aberto aos prestadores de serviço de rastreamento e não exige retrabalho do caminhão para ser ligado”, conta.

A gerente destaca ainda as vantagens do sistema para caminhoneiros autônomos e pequenos frotistas, que não fazem rastreamento. No caso deles, as mesmas informações podem ser acessadas por meio de uma porta USB no painel do veículo. “Basta conectar um laptop e descarregar as informações que serão analisadas pelo software do Frota Fácil, com resultados que são apresentados em linguagem amigável, em forma gráfica ou em tabelas. Ele pode analisar dados de desempenho como consumo diário ou a média de consumo no período, tempo na faixa econômica, rotação do motor, frenagem emergenciais, entre outros. Da parte mecânica, pode verificar pressão de óleo de motor e temperatura do liquido de arrefecimento. Dados da viagem, as informações disponíveis são velocidade média, números de parada, horas dirigidas, quilometragem percorrida”, detalha.

Os modelos da nova família Stralis NR têm preços entre R$ 280 mil e R$ 390 mil, com limite de garantia de 2 anos, com primeiro ano de cobertura total sem limite de quilometragem e segundo ano de cobertura do trem de força (motor/transmissão/eixo traseiro) limitado a 250.000 quilômetros. Estão disponíveis para a carroceria cores metálicas (Azul Vitality, Laranja Spot, Cinza Scandium, Verde Lagoon, Verde Twist eVerde Savage) e sólidas (Amarelo, Azul Búzios, Branco Banchisa, Preto Vulcano, Vermelho Alpine e Vermelho Modena).
Desenvolvimento - A montadora ressalta que o novo Stralis foi projetado com a participação de clientes da marca. “Nosso time saiu a campo para ouvir dezenas de clientes frotistas e motoristas sabendo deles o que realmente esperavam de um produto nessa categoria”, explica Renato Mastrobuono, diretor de Desenvolvimento de Produto da Iveco Latin America.

O presidente da Iveco Latin America, Marco Mazzu, revela que o projeto do Stralis NR exigiu um investimento da ordem de R$ 30 milhões para seu desenvovimento. “O projeto do Stralis NR partiu das aspirações e necessidades do cliente, que se materializaram num produto que não temos receio em afirmar que o melhor do seu segmento”, completa Mazzu.



*Saiba mais acessando o hotsite caprichado criado pela Iveco para divulgar o novo Stralis NR: http://www.ivecostralisnr.com.br/.
José Carlos Cabral - Canal do Transporte