14 de dezembro de 2012

Estudo do SOS Estradas diz que há pontos de paradas para cumprir Lei do Descanso

Site contou 155.000 vagas para estacionamento de carretas em 2.500 postos de rodovia

 
Com a entrada em vigor da Lei do Tempo de Direção (Lei 12.619/12) algumas lideranças de caminhoneiros, transportadoras e embarcadores, justificaram que a Lei precisava de pelo menos 1 ano para ser aplicada, porque não existiriam áreas de descanso nas rodovias.

O SOS Estradas, Programa de Segurança nas Estradas, do portal Estradas.com.br resolveu pesquisar o tema e descobriu que existem pelo menos 155.000 vagas para estacionamento de carretas em 2.500 postos de rodovia, sem contar os 5.500 postos restantes dos mais de 8.000 registrados nas estradas brasileiras.

Foram pesquisados 576 postos de rodovia, em todos os estados, utilizando imagens de satélite. Nestes postos foram encontradas pelos menos 75.000 vagas. A pesquisa ainda entrevistou responsáveis por 235 grandes postos, do lote de 576, e a estimativa é que podem ampliar a capacidade de vagas em 60% no curto prazo, desde que tenham apoio para isso.

A Pesquisa Rodoviária 2012 da Confederação Nacional dos Transportes também foi utilizada como referência e o SOS Estradas apurou que, nos mais de 90.000km de rodovias pesquisados pela CNT, foi registrada a presença de mais de 4.000 postos.

A alternativa mais viável, para ampliar as áreas de descanso, segundo o estudo, é os postos fecharem as áreas de estacionamento, cobrando em média entre R$ 15,00 e R$30,00 por 11 h de parada, com segurança e monitoramento, dando 1 h de tolerância. Valor que corresponde no máximo a 1% do valor do frete por dia de viagens que exijam pernoite.

Em todas as rodovias os postos ficam vazios durante o dia, portanto a Lei pode ser fiscalizada sem nenhuma restrição. Durante a noite a maioria dos postos tem lugar disponível. O único caso grave é a Regis Bittencourt, que liga São Paulo à Curitiba, onde em determinados dias da semana, nos períodos de mais movimento do ano, os pátios de alguns postos lotam.

O SOS Estradas entende que não cabe aos Governos construir estacionamentos nas estradas. No caso das concessionárias de rodovias, elas só farão isso mediante aumento do pedágio. Por isso que, a solução da cobrança do estacionamento nos postos é viável e permite ampliar a capacidade de vagas no curto prazo. Além do que, vai gerar muitos empregos no interior.

Na avaliação do SOS Estradas, considerando inúmeras denúncias de caminhoneiros e entidades, o maior problema dos caminhoneiros é a falta de condições de descanso nos embarcadores e nos locais de entrega das cargas. Onde ficam horas esperando em condições precárias. Os mesmos locais onde motoristas são pressionados a realizar viagens longas, em excesso de jornada e velocidade.

A conclusão do estudo é que não há necessidade, como sugeriu o Contran com a Resolução 417/12, de somente aplicar a lei após levantamento das rodovias que tem local para descanso. Até porque as rodovias federais representam menos de 40% da malha pavimentada do País.

Na avaliação do SOS Estradas a aplicação rigorosa da Lei 12.619/12 poderá permitir a redução de até 50% dos acidentes com veículos de carga nas rodovias brasileiras.

Fonte: SOS Estradas

13 de dezembro de 2012

União anuncia novas taxas do Finame

Juros para caminhões ficarão em 3% ao ano no primeiro semestre de 2013 e 4% nos seis meses seguintes

União anuncia novas taxas do Finame

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, oficializou na semana passada a prorrogação das condições especiais do Programa de Sustentação do Investimento (PSI). Foram definidas as taxas do Finame para 2013. A linha de crédito subsidiado pelo BNDES financia a compra de caminhões com juros mais baixos como forma de estimular os investimentos no País. O programa, em vigor desde 2009 e que terminaria no próximo dia 31 de dezembro, se estenderá até dezembro de 2013.

O orçamento do programa para o ano que vem será de R$ 100 bilhões. Desse total, R$ 85 bilhões serão recursos próprios do BNDES, e os R$ 15 bilhões restantes virão da liberação de compulsórios não remunerados. O compulsório é a parcela dos depósitos que os bancos são obrigados a manter retida no Banco Central.

Os juros corresponderão a 3% ao ano no primeiro semestre e 3,5% ao ano no segundo semestre para os financiamentos de bens de capital, como máquinas e equipamentos agrícolas, além de peças e componentes de fabricação nacional. Já para caminhões, incluindo a linha Procaminhoneiro, vão a 3% ao ano no primeiro semestre e 4% no segundo semestre.

O prazo das linhas será 120 meses (dez anos). As exceções são as linhas para peças e componentes, que terão prazo de 36 meses (três anos) e para as empresas de energia, cujo pagamento levará até 360 meses (30 anos).

A fixação dos juros do PSI em 3% ao ano no primeiro semestre e 3,5% ao ano no segundo semestre, no entanto, vai significar, em alguns casos, elevação com relação aos níveis atuais. Os financiamentos de caminhões, do Finame (linha que financia máquinas e equipamentos) e do Procaminhoneiro, por exemplo, hoje pagam 2,5% ao ano.

Fonte: Icarros.com

Em comemoração aos 150 anos de seu fundador, Ford expõe veículo mais antigo

A Ford iniciou as comemorações de 150 anos de seu fundador Henry Ford com a exibição de um Ford Modelo A de 1903, considerado o veículo mais antigo da marca existente atualmente. O carro foi adquirido em um leilão em outubro por Bill Ford, bisneto e presidente do Conselho da empresa. O evento com empregados da empresa foi a primeira de várias ações programadas para celebrar a data.


 
"Este é o momento perfeito para trazer de volta à família uma parte fundamental da herança da Ford, quando celebramos o aniversário de 150 anos do nascimento do meu bisavô e a sua visão para melhorar a vida das pessoas, produzindo carros com preços acessíveis para a média das famílias", disse Bill Ford.

"A sua ideia de construir carros acessíveis, confiáveis e eficientes continua a orientar a nossa visão até hoje."

A Associação Herança Henry Ford se uniu a outras entidades e mais de 30 parentes de colaboradores de Henry Ford para coordenar a programação de eventos durante o ano. O site
www.henryford150.com foi lançado em dedicação ao projeto. O portal traz uma linha do tempo interativa sobre a vida de Ford, passeios, calendário de eventos de 2013 e informações sobre a preservação da herança de Henry Ford.

Fonte: O Mecânico

Extrapesado Mercedes-Benz Actros ganha versão para longas distâncias rodoviárias


Extrapesado Mercedes-Benz Actros ganha versão para longas distâncias rodoviárias
Versão "estradeira" chega para completar a gama dos brutos da marca alemã
Nem só de potência bruta e motores eficientes vivem os caminhões. Os “gigantes da estrada”, mais do que nunca, também precisam oferecer conforto e tecnologia para quem vai a bordo. Além de facilitar o trabalho, esses “agrados” tornam as longas jornadas ao volante menos cansativas. Para entrar nesse mercado e alavancar sua participação entre os extrapesados, a Mercedes-Benz criou uma versão especificamente estradeira para o Actros. Ele leva a denominação 2546 6X2. O novo cavalo-mecânico ganhou cabine leito, aptidões para o uso em longas distâncias e chega com uma vasta carga de itens tecnológicos. Completa a gama que inclui o modelo multiuso, 2646 6X4, lançado em março deste ano, indicado para ações mais severas, com trechos off-road.

O Actros 2546 6X2 tem o consumo como pilar principal. O caminhão foi projetado para cumprir longas distâncias, mas é indicado apenas para estradas em bom estado de conservação. O “estradeiro” tem um novo trem-de-força que, segundo a Mercedes-Benz, é 6% mais econômico que a versão multiuso. O conjunto conta com o câmbio automatizado Mercedes PowerShift 2 G281 de 12 velocidades, com a última marcha direta e o eixo traseiro sem redução nos cubos. A marca garante que esse câmbio é o responsável por reduzir o consumo e o desgaste de componentes. A fabricante enxugou o número de componentes, principalmente no eixo traseiro. O objetivo da alteração é agilizar os eventuais serviços de manutenção para que o veículo passe o mínimo de tempo possível parado.


Para justificar a posição do Actros no topo da linha, a Mercedes carregou o caminhão de itens de tecnologia e conforto. Um dos destaques é a cabine Megaspace, opção que oferece piso totalmente plano, suspensão a ar e câmbio automatizado. O motorista conta ainda com o sistema de ar-condicionado noturno da Mercedes. O equipamento permite que o climatizador funcione mesmo com o motor desligado. A versão Megaspace Segurança adiciona sistema de orientação de faixa de rolagem, controle de proximidade, assistente ativo de frenagem e freio eletrônico com ABS e ASR.

O Actros estradeiro é equipado com o mesmo motor de sua versão multiuso – o propulsor é o OM 501 LA. Este V6 de 12 litros é capaz de entregar 456 cv a 1.800 rpm e 224 kgfm de torque a 1.080 rotações. Tais números dão ao cavalo-mecânico plenos poderes para puxar variados tipos de semirreboques, como carga seca aberta, furgão, sider, graneleiros, tanques de líquidos e gases, porta-conteiner e outros. O extra-pesado também consegue tracionar composições maiores, como bitrem, desde que seja respeitado o uso no asfalto.

Apesar da aplicação distinta, o Actros 6X2 tem o mesmo design da versão 6X4. A única novidade diz respeito à oferta de cores, que ganhou o azul zircônio metálico. A Mercedes não mudou as linhas do modelo, que tem como principal destaque um recorte em forma de “V” na frente do cavalo-mecânico. A aparência “quadradona” do caminhão cumpre o objetivo de dar um ar robusto ao modelo, que tem o renovado Volvo FH como principal rival na disputa pelo topo.

 

Fonte: Auto Press

5 de dezembro de 2012

Iveco aposta em gigante de R$ 360 mil e 16 marchas

O Iveco Stralis conta com transmissão automatizada de 16 velocidades e novos motores de 9 l, além dos mais potentes de 13 l

O Iveco Stralis conta com transmissão automatizada de 16 velocidades e novos motores de 9 l, além dos mais potentes de 13 l. Foto: Peter Fussy/Terra

Já bem colocada no mercado de caminhões leves com a linha Daily, a Iveco investe agora para conquistar uma fatia maior no segmento de pesados. Com esse objetivo, a marca do grupo Fiat lançou em agosto a família renovada do Stralis, dentro das especificações do Proconve 7, que exige caminhões mais econômicos e menos poluentes desde janeiro. O Terra conferiu as principais mudanças do modelo que promete brigar entre os maiores veículos de carga que rodam pelas estradas do País, com preços que variam de R$ 220 mil a R$ 360 mil.
 
Os caminhões da família Stralis custam entre R$ 220 mil e R$ 360 mil  Foto: Peter Fussy/Terra

Iveco Stralis  Foto: Peter Fussy/Terra

O Stralis foi o quarto mais vendido no segmento de pesados em 2011 (especificações antigas), mas não aparecia nem entre os dez mais vendidos no acumulado deste ano até outubro, com pouco mais de 700 unidades vendidas, segundo a Fenabrave. A demora para se adaptar à legislação teve um custo, mas o posto já foi retomado na primeira quinzena de novembro, quando a novidade passou a ser encontrada mais facilmente nas revendas pelo País. Com 111 unidades emplacadas, o Stralis ficou atrás apenas do Scania R440 e dos Volvos FH 460 e FH 540, nos primeiros 15 dias do mês passado.

Fabricado em Sete Lagoas (MG), o Iveco Stralis conta com transmissão automatizada de 16 velocidades   Foto: Peter Fussy/Terra

O sistema de som com CD player com MP3 vem de fábrica nos modelos de 400, 440 e 480 cv   Foto: Peter Fussy/Terra

Fabricado em Sete Lagoas (MG), o modelo conta com transmissão automatizada de 16 velocidades e novos motores de 9 l, além dos mais potentes de 13 l, fabricados pela FPT, com versões de 330 a 480 cavalos (cv) de potência. O painel ganhou computador de bordo, o ar-condicionado vem de série a partir da versão de 360 cv, tanques de alumínio e suspensão pneumática da cabine foram acrescentados à nova linha. De acordo com a empresa, o custo de manutenção está até 5% mais barato em relação aos concorrentes e o consumo de combustível caiu 7,5% ante a versão anterior.

De acordo com a empresa, o custo de manutenção do Iveco Stralis está até 5% mais barato em relação aos concorrentes e o consumo de combustível caiu 7,5% ante a versão anterior  Foto: Peter Fussy/Terra

No painel do Iveco Stralis estão os atalhos para usar o freio motor, o auxílio de partida e bloqueio do diferencial, para situações de subida e terrenos irregulares, além de dois tipos de buzina  Foto: Peter Fussy/Terra

Os números são reforçados pela experiência do motorista Macário Francisco Veronês dos Santos, 48 anos, responsável por guiar o modelo em um trajeto de São Paulo até o porto de Santos. Tanto no trânsito da capital paulista, como na descida da Serra do Mar debaixo de chuva, o Stralis se mostrou ágil e confortável, puxando um trem carregado com 23 t de lastro - o máximo para o modelo é de 53 t (Peso Bruto Total Combinado). Baseando-se em sua experiência de 22 anos como caminhoneiro, o motorista elogiou as mudanças: "hoje é quase como guiar um automóvel".
 
Na versão de 360 cv do Iveco Stralis, ar-condicionado, tanques de alumínio e suspensão pneumática da cabine são itens de série  Foto: Peter Fussy/Terra

O volante traz integradas as teclas de comando do computador de bordo, e as marchas podem ser trocadas por meio de alavanca no modo semiautomático  Foto: Peter Fussy/Terra

Realmente, algumas tecnologia utilizadas no Stralis podem ser encontradas apenas em veículos considerados de luxo. Além do ar-condicionado de série, o sistema de som tem CD player com MP3 também vem de fábrica nos modelos de 400, 440 e 480 cv. Um box térmico de série a partir do modelo de 440 cv fica posicionado sob a cama do motorista, tendo a geladeira como opcional. O volante traz integradas as teclas de comando do computador de bordo, e as marchas podem ser trocadas por meio de alavanca no modo semiautomático.

Enquanto nos carros o câmbio automático não extingue a manopla, no caminhão da Iveco os botões da transmissão (Drive, Neutral e Reverse) são acionados no painel central  Foto: Peter Fussy/Terra

Iveco Stralis  Foto: Peter Fussy/Terra

Enquanto nos carros o câmbio automático não extingue a manopla, no caminhão da Iveco os botões da transmissão (Drive, Neutral e Reverse) são acionados no painel central, onde também se encontram os atalhos para usar o freio motor, o auxílio de partida e bloqueio do diferencial, para situações de subida e terrenos irregulares, além de dois tipos de buzina. No painel, também pode ser acionado o modo "Eco", que limita a troca de marchas a um intervalo entre 1.000 e 1.600 rpm, o que permite maior economia de combustível.

O novo Iveco Stralis atende as especificações do Proconve 7  Foto: Peter Fussy/Terra

Iveco Stralis  Foto: Peter Fussy/Terra

Na descida da rodovia Anchieta sob chuva e com movimento intenso de caminhões, o freio motor do Stralis se mostrou competente, quase não exigindo intervenções do motorista. "Isso é importante, porque se for precisar de uma freada brusca, as lonas do freio estão frias, o que aumenta a eficiência em emergência", afirmou Macário enquanto passava por alguns caminhões mais lentos "fritando" lonas de freio e deixando um cheiro de queimado em meio à mata da Serra do Mar.

Em um trajeto de 150 km, o consumo médio ficou em cerca de 2,5 km/l, o que oferece autonomia de 2,2 mil km com os tanques combinados de 900 l (600+300)  Foto: Peter Fussy/Terra

Iveco Stralis  Foto: Peter Fussy/Terra

Já na subida, sempre o momento mais crítico para veículos de carga, a transmissão automática fez trocas precisas e, quando necessário, Macário utilizou o modo semiautomático sem a necessidade de acionar nenhum botão. Para ultrapassagens, a alavanca posicionada próxima à mão direita do piloto permite reduzir as marchas rapidamente e até duas por vez (da 12ª para a 10ª, por exemplo), segurando-a por cerca de dois segundos. No percurso de cerca de 150 km, o consumo médio ficou em cerca de 2,5 km/l, o que oferece autonomia de 2,2 mil km com os tanques combinados de 900 l (600+300).
 
Iveco Stralis  Foto: Peter Fussy/Terra

Iveco Stralis  Foto: Peter Fussy/Terra

Se o design "quadrado" do painel e o acabamento interno "simples" ainda deixam a desejar em relação aos rivais de Mercedes, Volvo e Scania, o Stralis tem seus pontos fortes no motor e na transmissão automática, transformando-se em uma boa opção para frotas a caminhoneiros. E para o próximo ano, a Iveco ainda apostará em um novo extrapesado mais potente - o atual é de 480 cv - para elevar a sua fatia no mercado de caminhões do País, que está em 7,65% até o final de outubro, de acordo com a Fenabrave.
 
Além do ar-condicionado de série, o sistema de som tem CD player com MP3 também vem de fábrica nos modelos de 400, 440 e 480 cv  Foto: Peter Fussy/Terra

Iveco Stralis  Foto: Peter Fussy/Terra

O Stralis se mostrou ágil e confortável, puxando um trem carregado com 23 t de lastro - o máximo para o modelo é de 53 t (Peso Bruto Total Combinado)  Foto: Peter Fussy/Terra

Iveco Stralis  Foto: Peter Fussy/Terra

Fonte: Invertia